sexta-feira, 9 de março de 2012

Entrevista Exclusiva: Elaine Cunningham - Parte 1

Sejam bem vindos, Nobres Aventureiros!

Elaine Cunningham
Para começar nosso novo quadro de entrevistas exclusivas e a abertura do "Dale Wizards" (o ramo americano dos Arcanos do Vale), chamamos nada mais, nada menos que ELAINE CUNNINGHAM!

Elaine é uma escritora de 54 anos, nascida em Nova York. É muito reconhecida por seus trabalhos nos "Reinos Esquecidos", lançando seu primeiro livro "ElfShadow" em 1991.

Para quem não conhece, na década de 90, os livros da Lady Cunningham tiveram tanto impacto quanto os livros do R.A. Salvatore (famoso autor do Drizzt). Foi diversas vezes best-seller e produziu 5 séries CLÁSSICAS para os leitores dos romances de Forgotten Realms:


Este seria o 6o livro de S&S
1) "Songs & Swords", com os livros: I. Elfshadow (1991); II. Elfsong (1994); III. Silver Shadows (1996); IV. Thornhold (1998); V. The Dream Spheres (1999);
2) Starlight and Shadows, com os livros: I - Daughter of the Drow (1995), II - Tangled Webs (1996), III. Windwalker (2003);
3) Counselor & Kings, com os livros: I. The Magehound (2000); II. The Floodgate (2001); III. The Wizardwar (2002);
4) Evermeet: Island of Elves (1998): livro único;
5) City of Splendors: A Novel of Waterdeep (Com Ed Greenwood; 2005): livro único.

Isso sem contar 16 contos que estão em diversos livros diferentes!

Bem, não quero me alongar muito, fiquem agora com a primeira parte da entrevista, nas próximas, falarei mais sobre essa renomada autora estadunidense. 



Arcanos do Vale (AV): Olá Lady Elaine! É um prazer fazer esta entrevista com você. Vamos a nossa primeira pergunta: Todos os jogadores de RPG tendem a colocar muito de si em seus personagens e normalmente os escritores fazem o mesmo com seus livros. O que de você, nós podemos tirar de seus livros?


Elaine Cunningham (EC): Olá Arcanos do Vale. Eu acredito que a ligação mais óbvia entre meus livros e eu, é o senso de humor. Na vida real, eu gosto de divertir as pessoas. Quando tu escreves um romance, gastas muito tempo com teus personagens, e ajuda bastante se eles são pessoas que gostas de estar por perto. Eu também tento escrever o tipo de histórias que eu gosto de ler e alguns de meus autores preferidos tendem utilizar "jogos de palavras" e situações divertidas. Poucos de meus contos são sombrios e sinistros, mas acho que não conseguiria passar meses escrevendo neste estilo. 

Alguns de meus interesses também são encontrandos em meus livros, por exemplo, eu costumo dar aulas de música e história, portanto eu tenho uma "queda" por bardos.
É possível encontrar também alguns outros temas, como a importância (e o desafio) dos laços familiares.

AV: Como você comentou de seus autores preferidos, fica difícil deixar passar a pergunta... Quem são eles?

ECEu leio tantos tipos diferentes de livros que fica difícil decidir meus autores favoritos. Na fantasia, eu amo Terry Pratchett e Gail Carriger. Leio muitos livros de mistérios históricos e o meu favorito do momento é "Os mistérios de St. Cyr" por C.S. Harris. Por ficção históricas, gosto de Bernard Cornwell, C.J. Sanson e Philippa Gregory. Em história, eu aprecio a mistura de prosa elegante e senso comum de Lady Antonia Fraser. Meus poetas favoritas são Robert Frost e Wislawa Szymborska. Gosto também de ler diversos tipos e estilos de humor, incluindo Oscar Wilde, Mark Twain, Dorothy Parker e David Sedaris. Eu leio um considerável volume de não-ficção, mas normalmente foco mais no tópico do que no escritor.

AV: Quais são os diferenciais de Sevrin (mundo criado por Elaine C) para outros cenários de fantasia medieval? E como foi essa mudança de escrever um livro em um cenário pronto e em um cenário próprio?

EC: Os períodos da história que eu acho mais fascinantes, são os períodos de mudança - não apenas tecnológica, mas quando a visão de realidades das pessoas se alteram de alguma forma significante. O final do século XVI foi um tempo destes. Haviam pessoas como Tycho Brahe, um astrônomo dinamarquês, que escreveu sobre alquimia e seu mais famoso pupilo (e provável assassino) Johannes Kepler, que definiu as leis do movimento planetário e cuja mãe foi julgada como uma bruxa. Esta foi uma época em que a magia e a ciência se entrelaçavam complexamente e tudo estava em padrões de mudanças constantes. Este tipo de "incerteza dinâmica" está no cerne de Sevrin.

Portanto, Sevrin é um cenário mais Renascentista do que Medieval. É uma terra governada por cientistas e alquimistas, que criam medicamentos, armas alquímicas e complexos mecanismos de engrenagens. Este elemento "clockwork" geralmente aparece em SteamPunk, que é amplamente definido em tempos Vitorianos, mas neste mundo, o alquimista artesão está afrente de seu tempo. 

Escrever em seu próprio cenário é muito diferente do que escrever em um cenário licenciado. Este último é como escrever ficção histórica, porque adesões cuidadosas de "fatos" é de vital importância. A história dos Reinos Esquecidos está totalmente no plano imaginário, mas se quiseres que ela tenha um sentimento de "realidade" não podes desviá-la dos conhecimentos já estabelecidos. Quando estás escrevendo em seu próprio cenário fantasioso, tens menos restrições, mas também uma perigosa tarefa: Criar um mundo detalhado que é internamente consistente e intrigante o suficiente para convencer os leitores a visitá-lo.


Em breve, mais notícias sobre os próximos entrevistados dos Dale Wizards, a entrevista em inglês completa de Lady Elaine e mais algumas respostas desta idolatrada autora!

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